terça-feira, 5 de abril de 2011

O garoto de Santarém

Era uma vez um garoto, pobre como tantos que, mesmo marcado pela "Grande Depressão", não deixara abalar-se. Era um garoto comum, nasceu em uma vila chamada Azinhaga, no concelho da Golegã. Teve uma infância simples, em 1924 se mudou para Lisboa e se formou em uma escola técnica. Seu primeiro emprego fora o de mecânico, no entanto, nunca abandonara seu gosto por literatura, que desenvolvia desde garoto.

Aos 25 anos, publica seu primeiro romance, "Terra do Pecado (Que por sinal fora lançado no mesmo ano do nascimento de sua filha, Violante, resultado do primeiro casamento com Ilda Reis). Após Terra do Pecado, apresentou a seu editor "Clarabóia", embora sua publicação tenha sido rejeitada, não ficou calado, agora, ele falava pelas poesias. Lançou "Os Poemas Possíveis"; em um período de cinco anos lança mais dois livros poéticos: "Provavelmente Alegria" e "O Ano de 1993"

Abandona a Estudos Cor, indo trabalhar no Diário de Notícias e depois no Diário de Lisboa. Em 1975 retorna ao Diário de Notícias, mas agora como director-adjunto. Infelizmente, os militares portugueses intervêm em seu trabalho e ele é demitido. Ele então resolve dedicar-se apenas à literatura, substituindo de vez o jornalista pelo ficcionismo.

De seus trabalhos no jornal, restaram: "Deste Mundo e do Outro", "A Bagagem do Viajante", "As Opiniões que o DL Teve" e os "Os Apontamentos".

Não posso publicar o que 87 anos de vida fazem, por isso coloquei alguns de seus principais trabalhos. Não posso publicar tudo aquilo que um ativista pode fazer. Não posso publicar aqui, o que ele era.

Mas posso escrever, que, embora tenha morrido, o trabalho de José de Sousa Saramago, ao lado de pessoas comuns, como eu e você, não morreu, e um dia, sua luta vai obter seu determinado objetivo.

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